Falar sobre network é uma coisa, mas, outra totalmente diferente é saber fazer networking como manda o figurino.
Arrisco dizer que 98% das pessoas acham que sabem, mas não sabem.
E essa pode ser a razão pela qual sua carreira não decola, a vida pessoal é solitária e tudo parece ser tão mais difícil.
Parece sensacionalismo?
Pode até parecer, mas não é.
Networking é pura ciência e psicologia social. Se você não sabe como fazer sua carreira não decola, as portas não abrem, as oportunidades não chegam.
Posso garantir que no final desse artigo você irá concordar comigo e vai aprender cinco técnicas infalíveis para mudar o jogo a seu favor.
Não deixe de ler até o fim para se surpreender…
Ter network é fácil, no entanto, fazer networking não é para qualquer um.
Basta tomar um “pé na bunda” (desculpe a linguagem chula, mas é como se fala no mundo real) pra perceber o quanto a gente faz isso mal.
Costumamos ficar um tempão em uma mesma empresa, seja porque as condições estão muito boas ou porque gostamos mesmo é da zona de conforto.
E sem problemas tá?! Não há nada de errado em ficar muito tempo em um lugar.
O que quero que você entenda é que não há nada que dure para sempre. E você e eu, lá no fundo sabemos disso, não é mesmo?!
No passado, era mais comum trabalhar em uma empresa 35 ou 40 anos até se aposentar… aposentar? É sério que isso ainda é possível?
Hoje em dia, é supernormal trocar de empresas algumas vezes, seja por nossa decisão ou por decisão do nosso empregador.
E quando isso nos acontece, a gente tem a sensação de que uma parte de nós foi tirada.
E foi mesmo.
O nosso crachá. Nossa segunda pele. Nossa identidade.
Se você já passou por isso, sabe que não estou exagerando. O negócio é punk mesmo!
A gente mistura as coisas. É normal. Todo mundo acaba se confundido ou sendo confundido com o crachá.
O João da Unilever. A Sílvia da Natura. O Pedro do Google. A Gabriela do Facebook. O Jorge da Amazon…
Em algum momento o nome da firma vira nosso sobrenome. Aí é ladeira abaixo…
Tenho que lhe dizer algo e você precisa ser muito forte pra ouvir. Prepare-se.
VOCÊ NÃO É O SEU CRACHÁ.
Claro que em algum momento vai constatar isso, mas pausa aqui…
Se estiver ainda vivendo seu sonho e esse dia não chegou, não sofra por isso agora, blza?
Mas, se já passou por isso ou está passando, tenho uma boa notícia pra te dar: o golpe é forte, machuca. Entretanto, os dias de luto sempre chegam ao fim.
Ufa! Que bom.
E chegado ao fim, é hora de se reconstruir. De levantar a cabeça, sacudir a poeira e dar a volta por cima.
É preciso partir pra outra. Afinal, os boletos não dão trégua.
A jornada das redes sociais é o primeiro desafio, pois, gente de sucesso tem que ter um LinkedIn top.
Então vamos pra cima.
Por onde começo mesmo?
Ah sim; atualizar o perfil, contatar as pessoas mais próximas para explica o novo momento e minhas intenções, enfim, aquilo que você já sabe.
Sabe?
Putz!!! Acho que não.
Essa é a bendita hora que a maioria dos mortais se deparam com uma dura verdade, carregada de arrependimento, com um certo grau de desespero. Aí meu deus!
— Nunca falei com ninguém por aqui. Nunca fiz nem um post de três linhas. Parabenizar alguém por algo? Não tinha tempo. Compartilhar algo relevante? Como é que faz isso mesmo?
Descobrimos na pior hora possível que temos network, mas nunca fizemos networking antes.
De dez amigos que conversei nesse ano, nove viveram esse dilema. E aprenderam na dor o quanto faz falta esse tal de networking.
Por onde vou, converso com as pessoas, faço amizade fácil. Sou meio dado ao bate papo, gosto de gente.
Devo ser o que os gourmetizadores de termos chamam de networker.
Mas, antes de explicar o termo, deixe-me dizer primeiro o que é networking.
Uma expressão que decorre de Network: Net é rede e Work é trabalho.
E, networking é o ato de cultivar uma rede de contatos. O que no fim do dia, de forma simples e prática, é tão somente o ato de estabelecer contato com as pessoas, de se relacionar…
…e, naturalmente, aquele que sabe desenvolver sua network pode ser chamado de networker.
Que em miúdos, é aquele ou aquela que cria uma rede de contatos através de bate papos e reuniões sociais informais, pessoalmente ou online, com o intuito de se conectar e interligar profissionais com interesses em comum.
Não há nada tão poderoso e mais essencial pra avançar na carreira do que desenvolver sua rede de relacionamentos. Isso é uma coisa que pode aumentar suas chances de sucesso na profissão e na vida.
Tem dúvidas disso?
Então ouça essa história. Pausa…
Situação real. Aconteceu comigo.
Um diretor de logística sai de sua sala, olha para algumas pessoas e pergunta:
— Alguém de vocês conhece um supervisor de inovação pra indicar?
De bate pronto alguém responde:
— Sim. Eu conheço, péra aí que vou te mandar o LinkedIn dela.
Em menos de cinco minutos, sem nem mesmo o mercado saber, uma posição foi aberta e preenchida.
Nada demais. Geralmente, isso é o que acontece com as melhores posições.
Os chamados cargos de confiança são fechados assim mesmo. Primeiro verifica se há internamente alguém com perfil, depois pede-se indicações para as pessoas de confiança e só depois abre para o mercado.
Não exatamente, mas, principalmente.
Ficou confuso, eu sei, mas calma aí que explico…
Dizem por aí que fazer Networking é a arte de ser interessante sem ser interesseiro.
Não sei exatamente quem disse, mas concordo com o maluco.
Por conta disso, cultivar bem sua rede de contatos tem mais a ver com dar, do que com receber, entende isso?
O exemplo da pessoa que indicou a outra chega a ser simplista, quando se pensa na importância e nas possibilidades de uma rede de contatos bem construída.
Mas, veja que tanto quem precisava contratar, como quem indicou, e, especialmente o indicado, são pessoas com uma boa rede de relacionamento.
E neste caso, as três partes foram beneficiadas.
Quem contratou encontrou o profissional que queria. Quem indicou certamente tinha excelente reputação, pois foi ouvido e acabou ficando com crédito (um favor pendente) com as duas partes. E por fim, o contratado foi para outro emprego ganhando mais grana.
Na sua opinião qual dos três foi o mais beneficiado?
Se respondeu: quem fez a indicação, eu concordo contigo.
Essa pessoa é uma excelente networker. Conectada as duas pontas.
Tá bom, também concordo com quem respondeu: o indicado. O cara tem seu valor como networker, afinal, foi indicado né…
Coisas incríveis acontecem no conhecido, e, às vezes famigerado boca-a-boca.
Em todas as dimensões da vida o QI importa demais. E não falo do Quociente de inteligência, mas do Quem Indica mesmo.
A fofoca tem seu valor. Claro que a fofoca boa. Mas como o tema é quente vou recorrer ao meu brother. O consagrado professor e escritor Yuval Noah Harari.
O cara dispensa apresentações, se ainda não ouviu falar dele, primeiro, em que mundo você vive? É sério? Clica no link aí e vê quem é o cara. Vale a pena!
No best seller “Sapiens“, Yuval, reporta que nossa linguagem evoluiu como uma forma de fofoca. De acordo com ele e sua teoria, o Homo sapiens é antes de mais nada um animal social. Assim, a cooperação social é essencial para a sobrevivência e a reprodução.
Nossa linguagem singular evoluiu como um meio de partilhar informações sobre o mundo. Mas as informações mais importantes que precisavam ser comunicadas eram sobre humanos, e não sobre leões ou bisões.
“Não é suficiente que homens e mulheres conheçam o paradeiro de leões e bisões. É muito mais importante para eles saber quem em seu bando odeia quem, quem está dormindo com quem, quem é honesto e quem é trapaceiro”.
Desde os tempos mais remotos, a conversa em volta da fogueira, a tradição oral; histórias e estórias contadas de pais para filhos, foi o que garantiu a nossa sobrevivência e evolução enquanto homo Sapiens.
Casamentos eram arranjados, sociedades feitas e amizades fortalecidas. Tudo em nome do poder e enriquecimento.
É preciso admitir que muita coisa mudou.
Estamos mais democráticos, especialmente no que tange ao casamento, pelo menos até onde sabemos. Contudo, nas outras demandas a coisa permanece igual:
Contratamos aqueles que se parecem conosco. Convidamos para o aniversário do nosso filho quem nos convidou antes para o aniversário do seu. Presenteamos quem nos presenteia. Indicamos quem gostamos e está em nosso círculo de amigos e por aí vai…
Ou seja, somos totalmente emocionais e dependentes de confiar, para tomar qualquer decisão.
A equação é simples: primeiro precisamos conhecer, para depois confiar e só então Co-criar.
E isso vale inclusive pra você que se acha o racionalzão.
Pense no que nossas Mães (Pai também vai) repetiam incansavelmente. Aliás, não eram só as nossas, mas todas as Mães desde os tempos mais primitivos.
Elas nos diziam:
NUNCA CONFIE EM ESTRANHOS!
Pronto. Essa ordem está em nosso DNA há milhões de anos.
O que te faz pensar que qualquer ser humano vai confiar em você antes de saber de que tribo você é? Que time torce? Que Deus acredita? Que tipo de música ouve? Qual seu partido? Se gosta ou não de torresmo (se não gostar de torresmo já era. Eu particularmente não confio).
Precisa de mais algum motivo lógico ou emocional para se tornar urgentemente um NETWORKER?
Conversas são poderosas. Se não experimentou, convide alguém interessante e prove.
Pra fixar, permita-me repetir de forma mais simples e prática o que é ser um networker:
É aquele ou aquela que se interessa por gente. Que liga, convida pra uma conversa, manda uma mensagem “do nada”, oferece ajuda (e ajuda), conecta pessoas, faz coisas juntos…
Nesse viés, vou discorrer sobre cinco maneiras possíveis para que você seja um networker invejável.
Chegou a hora de transformar sua Network em Networking.
Não deixe de me contar nos comentários o que você costuma fazer de diferente e que tem dado certo.
Até à próxima!
Achiles Rodrigues