Você provavelmente passa mais tempo no trabalho do que com as pessoas que mais ama não é mesmo?!
No mundo real são oito, dez ou até doze horas por dia de convivência corporativa.
Agora imagine se o clima for ruim e o chefe alguém ensimesmado com pouca inteligência emocional e nenhuma habilidade com pessoas.
Imaginou?
Diante deste cenário, quem não tem opção de mudar de emprego, vive infeliz, insatisfeito, depressivo e está passivo de adquirir uma úlcera ou até coisa pior.
Sai pra lá Zica! 🙂
É parceiro! Seria até cômico se não fosse trágico…
Pesquisas apontam para um descontentamento de 65% dos profissionais brasileiros com as empresa onde trabalham (na verdade com os líderes)
Na pesquisa: 100% desaprova o estilo de liderança do chefe atual. 76% tem vontade de trocar de emprego só pra se livrar do chefe. 15% pensam em pedir a conta mesmo sem um novo emprego e somente 9% estão tentando reverter (derrubar o chefe?).
Para entender melhor sobre isso, leia o artigo Por que bons funcionários deixam boas empresas.
No passado, a geração baby boomer (nascidos entre 1945 e 1964) ou até mesmo a geração X (nascidos entre 1965 – 1984) tinham uma pegada de lealdade e apego a um emprego de longo prazo.
Aí, iam ficando, se virando e suportando as empáfias de chefes despreparados e malas.
Mas, na nova economia, onde a geração Y (nascidos entre 1985 e 1999) e a geração Z ou milênios (nascidos depois de 2000), são os funcionários, esse papo de lealdade e necessidade de se ter um emprego para o resto da vida, somente pra chamar de seu, não rola mais.
A expressão nova economia foi criada no final da década de 1990, para descrever o resultado da transição de uma economia baseada na indústria para uma economia baseada nos serviços.
E hoje, os ventos de mudança trazido pela quarta revolução industrial, onde Airbnb, Uber e Spotify mudam a forma de consumo e, tecnologias como inteligência artificial, Realidade Virtual e Aumentada, BlockChain e Criptomoedas, Internet das Coisas, Robótica e Impressoras 3D, que em certa medida já nem são mais novidades, imprimem novo ritmo e expectativas neste novo modelo.
O que antes era uma economia baseada na competitividade hoje dá lugar a colaboração.
E o profissional desse mundo novo deseja ser valorizado, tratado com respeito, quer ser entendido e fazer parte de um propósito maior.
Empresas que entenderam que o mundo é outro e que as expectativas das pessoas vão além do contracheque e da aposentadoria, começam a pensar em uma liderança mais bem preparada para gerir todas as demandas dessa galera mais ansiosa, conectada, impaciente, mas muito bem informada.
Aquelas que ainda não perceberam a mudança, perdem espaço, abrem concordata e encerram suas atividades dando lugar para startups com pretensões quase que divinas de mudar a vida de bilhões de pessoas.
O futuro chegou. Seja muito bem vindo!
Liderar nesse admirável mundo novo: liquido, flexível e mutável requer também um Mindset de igual modo: flexível e passível de adaptações. Você está preparado?
As muitas teorias antigas sobre liderança ainda valem. Não como regra máxima sobre como gerir pessoas, mas como pistas do que já funcionou e entendimento de como era a matriz do passado.
O novo líder tem como pauta conquistar os corações e as mentes das pessoas. E para isso, ele precisa conquistar antes seu espaço, construindo uma reputação e desenvolvendo skills específicos, ou seja, ele precisa de uma marca pessoal.
Houve épocas em que a ordem era: siga o líder. E sem muito questionamento as pessoas se dobravam aos “mandos e desmandos” de chefes impostos de cima pra baixo e sem explicações. Mas hoje isso não funciona mais.
A geração do milênio não segue pessoas que não admiram. Não se inspiram em alguém que não construiu nada. Não dão ouvidos para aqueles que não mostram coerência e autenticidade. O líder moderno precisa antes de aprovação social.
Portanto, na nova economia o líder tem que ter pelo menos quatro características:
⇨ 1 – Presença social: quem ele é? Qual relevância tem? Em que mídias está presente? O que falam dele no linkedin? É alguém que transita bem entre áreas? Enfim, se quer ser um líder de sucesso conecte-se ao profissional moderno. Ele adora se socializar.
⇨ 2 – Tem diferencial: qual porrada o novo líder dá que poucos dão? O que ele oferece que outros não oferecem? Qual sua área de destaque? O líder tem que ter um diferencial e se destacar em algo específico para que queiram segui-lo.
⇨ 3 – Walk The Talk: expressão em inglês que significa “Andar em sintonia com o que você fala”. O líder tem que ser coerente. É uma questão de respeito com o outro, de apego e zelo pela palavra empenhada, da construção de um sujeito ético e de valor. As pessoas querem contar com o líder. Líder coerente, equipe coerente.
⇨ 4 – Reputação: na linha de tudo o que falamos nos outros três itens tenho uma pergunta importante para você que é ou deseja ser líder: pelo que você é conhecido? Quais palavras vem na mente das pessoas quando ouvem seu nome? Inteligência, ética, empoderamento, carisma, empatia, visão de futuro, resultado, persuasão? Pelo que você quer ser conhecido, qual reputação deseja construir? Não sei qual foi sua resposta, mas posso te dizer que reputação é tudo. Construa a sua.
O líder é antes de tudo alguém antenado com o mundo e principalmente com as pessoas. Não se contenta em ser bom, ele quer ser ótimo. É alguém em constante desenvolvimento que se atualiza para não ficar irrelevante, obsoleto.
Nem todos os leitores são líderes, mas todo líder é um leitor.
O líder na nova economia é responsável por abraçar os mais fracos e colocar coragem na alma de cada um. Por comunicar com clareza e simplicidade. Por garantir que cada liderado entregue suas metas e se necessário segurando-os pelas mãos de uma maneira situacional.
O líder é sempre o culpado pelo sucesso que seu time alcança, mas também pelo fracasso, principalmente quando não tem a sensibilidade de enxergar e de tomar as decisões, sejam elas fáceis ou difíceis. É papel do líder decidir e rápido.
Líderes idiotas, egocêntricos e com pouca habilidade social podem até existir ainda, mas posso garantir que logo estarão extintos.
Hoje, esses já estão ficando sem espaço na gestão moderna, imagine como será em poucos anos?
Ficar oito, dez ou doze horas com as pessoas de sua equipe é fácil. Difícil é fazer com que elas tenham orgulho daquilo que fazem e estejam felizes com sua companhia e liderança.
Você está preparado para liderar?
Até a próxima!