A maioria dos profissionais que deixam as companhias em que trabalham não estão necessariamente descontentes com a empresa, mas com seus chefes. Pesquisas apontam que chefes ruins são o grande fator de estresse no trabalho.
Ocupar um cargo de liderança e ser um líder são coisas inteiramente diferentes. É bastante comum ver pessoas alçadas ao cargo, por mérito técnico/operacional e/ou comprometimento com a empresa e o chefe, mas sem nenhuma aptidão para a liderança.
Um profissional que se mostra competente pode e deve ser promovido, contudo, para a nova posição o treinamento é vital para seu sucesso na posição e para preservação da equipe. Caso contrário, ele espelhará o comportamento do seu líder anterior que talvez não seja o melhor, ou liderará da maneira que acha ser a mais assertiva, o que pode ser ainda pior.
Um líder confiante e bem preparado consegue elevar a condição de um time — ele constrói equipes fortes emocional e tecnicamente e as empodera e desenvolve. Em contrapartida, um líder inseguro e despreparado pode adoecer todo o time, levando-os a baixa estima e a desistência.
Ao dizer sim ao cargo de liderança, o novo líder está aceitando a nobre missão de representar a empresa ante os seus liderados. Esses, conhecerão a empresa e suas políticas através do líder que acaba se tornando a sua personificação.
Ao tratar temas como plano de carreira, sucessão, benefícios, aumentos salariais, promoções, mudança de área, folgas, atrasos, bônus e etc. O líder deve conhecer a fundo a missão, visão, valores, políticas, procedimentos, normas e direcionamentos estratégicos do negócio, e o mais importante: praticá-los!!!
“A expectativa é mãe da desilusão”. A referida frase (que não sei exatamente quem é o autor), pode clarificar a nossa dúvida sobre o desencantamento profissional.
Muitas são as expectativas profissionais, se o líder não tiver preparo, jogo de cintura, inteligência emocional, e, se não conhecer a fundo as políticas da empresa, ele pode criar expectativas erradas: prometendo o que não pode cumprir ou apagando a ambição dos profissionais que estão sob sua liderança.
John Maxwell, no livro: O livro de ouro da liderança escreveu que Pessoas abandonam pessoas e não empresas. Bons trabalhadores deixam uma empresa quando o ambiente de trabalho é ruim. E deixam principalmente quando:
Se você está na posição, ou prestes a ser alçado a ela e, não sabe o que fazer, como fazer e quando fazer…
1 – Ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana: O renomado psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Jung nos oferece um valioso conselho de liderança: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.
2 – Tenha ética e comprometimento com as pessoas: conheça a fundo os processos e políticas da empresa. Como o RH trabalha: os planos de sucessão de pessoas, de carreira, de benefícios, mudança de cargos, promoções, aumento salariais e tudo mais que precisa saber para ser transparente, seguro e justo. Você representa a empresa para seus liderados.
3 – Entregue os resultados, mas no caminho transforme as pessoas: o bom líder não é aquele cara bonzinho, gente boa que toma decisões somente com o coração. Há momentos em que ele deve ser racional para o bem e o crescimento do time. O líder de verdade é aquele que entrega resultados e eleva a condição de sua equipe.
Trabalhe focado em resultados e, enquanto faz isso, encante, inspire e desenvolva as pessoas que estão contigo. Entregue outros líderes para a companhia.
Até a próxima!
Achiles Rodrigues