Puts, lá vem mais um texto clichê, chato e ultrapassado de mais um cara cagando regras de motivação e liderança.
Confesso que vez por outra penso isso quando me deparo com alguns artigos do tipo:
Sete dicas sobre como motivar sua equipe. Seja um líder ninja e poderoso em 10 passos, ou então: Aprenda como levar a equipe a resultados incríveis…
Blá, blá, blá e blá!
Você também pensa com eu?
Espero que não né!
Todo texto merece o benefício da dúvida. E, até eu já escrevi uns textos com títulos neste viés. Mas garanto que os meus são ótimos [O inferno são os outros, Sartre (ou o texto do outros? :)].
Mas, se você as vezes pensa como eu, talvez sejamos dois chatos de galochas.
Ou será que estamos só saturados de ver receitinhas “milagrosas” que faziam sucesso em outra vida — tipo século passado —, mas que hoje não servem mais pra nada?
O mundo mudou e está cada vez mais acelerado e disruptivo — as clássicas teorias de liderança já não conseguem dar todas as respostas. A verdade é que, apesar de muitos falarem que estamos passando por uma era de mudança, estamos mesmo é em uma mudança de era.
O que funcionava no século XX não funciona mais no século XXI. A geração Y (também chamada geração do milênio, geração da internet, ou Millennials) tem percepções e perspectivas diferentes de trabalho.
Vida pessoal e trabalho se fundem, confundem e se abraçam numa espécie de simbiose.
Neste novo cenário; rápido, intuitivo, disruptivo, sensorial, cibernético, informativo e, totalmente digital; ambientes humanizados, transparentes e de autonomia, geram excelência e propósito.
O que acha de deixarmos de lado o modelo rex, tiranossauro-rex, e, falarmos sobre algumas pistas de como motivar, engajar e elevar a condição do indivíduo moderno que, além de trabalhar, quer também ser reconhecido como parte integrante de um todo?
Bora lá?
Leia o texto até o fim e deixe seu comentário (e pode falar mal, blz?!)…
O legal mesmo é se conseguíssemos nos auto-motivar. E que, o movere (motivação em latin), que significa mover-se em direção a algo, fosse algo intrínseco saca?
Mas infelizmente não é fácil assim. O sistema (ou as chefias?) é competente demais pra botar a gente pra baixo jogando baldes contínuos de água fria. Daí, uma ajudinha é sempre bem vinda.
E essa “ajudinha” deveria ser papel de toda liderança, pois, gente motivada é gente feliz e comprometida.
Pesquisas dizem que a motivação libera todas as energias individuais e leva a maior criatividade, facilita a comunicação e gera maior entusiasmo.
Assim sendo, o líder moderno deveria aprender a motivar pessoas a: trabalhar em equipe, entregar resultados (claro pô, por mais romantismo que se tenha é business), melhorar o clima da sua área e levar o time a um nível maior de engajamento e superação.
Entretanto, em tempos de tanta modernidade, o que vemos são modelos de chefes opressores, arrogantes, inseguros e que não conseguem motivar nem a si próprio. A única linguagem que conhecem é a da cenoura e do chicote (cenoura para premiar e chicote para ameaçar).
O que pode funcionar temporariamente, mas são estímulos externos.
Para motivar uma equipe em tempos como os atuais é preciso fazer um upgrade e pensar também de forma disruptiva para atender a demanda motivacional do século presente.
E como motivar um time neste cenário?
Tomando café.
Obviamente você está agora se questionando: que magia é essa existente no café?
Hahaha. Não tire conclusões ainda, eu vou te explicar.
Para que não fique no campo da metafísica ou da gastronomia, vamos chamar de pausas para reflexão regadas a café (ou leite, chocolate, chá ou qualquer outra bebida (mas eu gosto de café)).
Primeiramente, as pausas são garantidas pela CLT, que diz que todo trabalhador com uma jornada de trabalho acima de quatro horas já tem direito a 15 minutos, e, para melhor proveito dela, recomenda-se que essas pausas sejam realizadas fora da estação de trabalho, saindo da cadeira, caminhando, conversando e se distraindo.
Ou seja, as pausas são oportunidades únicas para bate papos de carreira e vida.
Ah, Achiles, eu odeio café.
Vamos combinar assim: como o texto é meu, eu escolho a bebida blz! E outra, pesquisas por todo o mundo dão conta que o café pode potencializar a qualidade no trabalho, tanto em termos de produtividade quanto em termos de resultados.
Todos os estudos sobre o consumo do café no ambiente profissional chegaram a mesma conclusão: a ingestão de cafeína no ambiente de trabalho ajuda a melhorar a memória e a concentração, evitando erros e aumentando a produtividade.
E olha que interessante: uma simples xícara é capaz de mudar o expediente de um profissional, melhora o desempenho em vários aspectos mentais, sobretudo, na função executiva. Isso significa que a bebida melhora a capacidade de realizar atividades complexas, que demandam tomada de decisão e planejamento.
Se ligou na ferramenta poderosa que tem nas mãos? Ou melhor, no ambiente profissional?
E para potencializar ainda mais, o espaço de café é ótimo local de socialização entre pessoas de diferentes áreas:
Aumenta o entrosamento das equipes e é um espaço formidável para reuniões informais durante a rotina de trabalho.
Não sabe ainda porque e, nem como capturar essas oportunidades?
Vou te mostrar pelo menos 3 coisas a fazer nos momentos de café…
O comportamento humano é complexo, e, conhecer os porquês da motivação humana é algo que fascina a todos.
Nosso cérebro é seletivo e busca em todo tempo economizar energia.
Somos biologicamente condicionados a gostar, estacionar, adaptar-nos a zona de conforto.
Estímulos são necessários, e não há dúvidas que as empresas e gestores que se destacam no século XXI, já entendem o novo momento e sabem que muitas teorias, um dia consagradas, não são mais suficientes para que o profissional tenha sentimento de dono, empreenda, encante, inove e não o troque por 10% a mais de remuneração no salário.
Mais que teorias mirabolantes, a simples prática do Feedback é uma ferramenta excepcional na motivação e engajamento do time. Dê o retorno a cada um diariamente.
Fez um puta trabalho? Elogie na frente de todos. Deixou espaço para melhorar? Chame em particular, para um café, e diga que dava pra fazer um pouco melhor.
Mas ainda mais importante: se ofereça para ajudar desta vez.
Ainda mais poderoso que o Feedback, está o estreitamento das relações líder e liderado. O alinhamento das expectativas e a humanização das relações é um ambiente propício a criatividade e superação.
Jogue conversa fora, brinque, se distraia com sua equipe. Você não é o homem de ferro, nem a mulher maravilha.
Seja só outra pessoa. Deixe ele saber que você também tem medos, duvidas, preocupações.
Mostre que não é um herói ou heroína. Assim, terá muita mais chance de conseguir a empatia dele ou dela.
Não é porque você é o chefe que tem que falar de trabalho, metas, resultados ou coisas assim o tempo todo. Um pouco de alienação faz bem a qualquer um. Fale de hobbies e coisas do cotidiano. Deixa de ser chato(a) pô.
O estresse e o esgotamento podem prejudicar ainda mais a produtividade e afetar diretamente a saúde e, muitas vezes isso acontece porque os funcionários, sem informações claras, ficam tentando descobrir o que está acontecendo com a área ou com a empresa sozinhos.
Ambiente propício para que a rádio peão plante a semente da dúvida e do desanimo, ou para que DPTs (doenças profissionalmente transmissíveis) sejam transferidas nas relações íntimas entre funcionários.
Um bom líder é antes de tudo um exímio comunicador. Representante direto da empresa para cada membro da equipe, ás vezes, ele, o líder, é a personificação da empresa para cada profissional, que só tem acesso a ele para apresentar valores missão do negócio.
Além disso, calibre as expectativas, jogue limpo, mas com cautela. “A expectativa é mãe da desilusão”. A referida frase (que não sei exatamente quem é o autor), pode clarificar a nossa dúvida sobre o desencantamento profissional.
Muitas são as expectativas profissionais, se o líder não tiver preparo, jogo de cintura, inteligência emocional, e, se não conhecer a fundo as políticas da empresa, ele pode criar expectativas erradas: prometendo o que não pode cumprir ou apagando a ambição dos profissionais que estão sob sua liderança.
Explique, converse, conte histórias, apresente outros departamentos, pessoas e possibilidade a sua equipe. Dê visibilidade e autonomia a sua equipe. Pessoas bem informadas, envolvidas e relacionadas, serão muito mais fortes.
Viu só como adotar pausas e cafés na gestão das equipes pode ser poderoso!
Ah, e de quanto em quanto tempo você deve provocar esses cafés?
Sei lá cara. Encontre a frequência ideal para cada perfil da equipe:
AS PESSOAS DIZEM FREQUENTEMENTE QUE A MOTIVAÇÃO NÃO DURA. BEM, NEM O BANHO – E É POR ISSO QUE ELE É RECOMENDADO DIARIAMENTE (Zig Ziglar).
Boa sorte e bons cafés!!!
Até a próxima!