Estamos em uma era de grandes mudanças, onde propósito, criatividade, inovação, engajamento, protagonismo e outros adjetivos substanciais fazem parte do dia a dia das grandes corporações.
Já não se discute mais sobre pessoas ser ou não ser o grande diferencial de toda e qualquer organização de sucesso. Na nova economia já se entende que, gente, sem nenhuma sombra de dúvidas, é o bem mais importante de uma organização.
Clientes são vitais, porém os fucionários são tão ou mais importantes que os clientes. E hoje, as empresas disputam não apenas clientes, mas já concorrem entre si em busca dos melhores talentos. Entendendo que esses, podem trazer diferencial competitivo em inovação, criatividade, clima e liderança.
Mas por que então ainda falamos em reter talentos? Quem é que gosta de ser retido (Talvez quem não tem talento nenhum)?
Essas são perguntas bastante relevantes, que me causa estranheza quando as ouço.
E talvez, esse papo de reter, nos traga até trauma: quem nunca ficou retido depois da aula por ter feito uma “M” bem grande? Ou quem nunca ficou retido em uma matéria na faculdade, ou na malha fina da receita federal ou teve compras retidas na alfândega, correios e etc?
Diz o dicionário que o ato de reter significa:
Guardar em seu poder algo que é de outra pessoa. E pior, contra sua vontade.
Quando as empresas levam esse papo com profissionais modernos; hiper conectados, bem informados da geração Y ou Millennials, penso que lá no fundo eles ficam mesmo é morrendo de medo.
A verdade é que esse papo de retenção de talentos, por mais boas intenções que se tenha, trás uma ideia TOTALMENTE ultrapassada.
Talentos de verdade, querem mesmo é ser fidelizados, encantados, impactados e não retidos.
Pense comigo — por que é que a gente fala de fidelizar clientes e não colaboradores? Por que não estender, não somente a linguagem, mas também os atrativos para essa fidelização?
Um profissional fidelizado é alguém enamorado, encantado, surpreso. E por isso não irá querer ir embora. Desejará ser parte do que o encanta. Fará questão de consumir a marca e ser um evangelizador, visto que, se é bom pra ele é bom para quem ele gosta.
Pelo que diz o dicionário, o ato de fidelizar é:
Ganhar a fidelidade — a um produto, a uma ideia, a uma filosofia, a uma doutrina, a uma empresa.
Costumamos imaginar que ter sido promovidos por nossas habilidades técnicas, longos anos na empresa ou mesmo por conta de resultados expressivos, isso faz de nós bons líderes.
Longe disso.
Pesquisas retratam que os líderes mais eficazes nem sempre são aqueles especialistas técnicos que dominam todos os detalhes do escopo da equipe e podem dar dicas maravilhosas de como realizar o trabalho de forma correta.
As vezes o tiro sai pela culatra — ao promover um excelente especialista, perde-se um ótimo profissional e se produz um péssimo chefe. Mas esse é um papo para outra hora…
Voltando as pesquisas, elas apontam que os líderes mais talentosos e amados são aqueles que encontram tempo para cafés com cada membro da equipe, ajudando-os a solucionar dilemas ligados a emoção e que se preocupa genuinamente com suas vidas e carreiras.
Para fidelizar e encantar o time, Aja com verdade e comprometimento. Oferte feedbacks contínuos e qualidade de vida no trabalho. Reconheça e incentive o protagonismo desenvolvendo e dando oportunidade para todos em um ambiente colaborativo.
O líder tem papel fundamental no encantamento e fidelização da equipe.
Você está pronto para liderar?
Até a próxima!